quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sobre inícios, fins e o que eu penso...


Manhã de quarta-feira, 16 de maio de 2013 – Quase oito e meia da manhã.

Adiando cada vez mais um primeiro post pro meu blog criado há um ano atrás, e um ano inteiro pensando em vários assuntos para faze-lo, cá estou. Aproveitando uma aula de Direito Penal para me concentrar em alguma coisa de fato (já que no assunto da aula nunca consigo).

Primeiro, o fato de estar escrevendo num blog que só eu sei o endereço: pois então, por enquanto é uma das coisas mais idiotas que vou fazer, mas acho que as pessoas que me conhecem não precisam ler certas coisas. Vai servir como um desabafo, se alguém passar por aqui por acaso, ou se um dia eu resolver divulgar pra alguém tudo bem. Agora eu simplesmente quero colocar meus pensamentos “ao vento”, na esperança que alguém os encontre sem querer.

Passei há alguns dias por uma semana sem amor. Essa seria a melhor semana para começar a escrever alguma coisa. Estava com o coração gelado, nada me comovia. Quis matar meu namorado, sair de casa, viajar sem olhar pra trás. Quis terminar amizades, tive casos “extraconjugais” em pensamento e tive vontade de não falar com ninguém. Hoje passou, bom e ruim. Por ser passional demais, gosto de aproveitar inteiramente os dias que meu coração se permite a um pouco de maldade e “não envolvimento” á vida e problemas alheios.

Não que eu seja uma pessoa sem maldade, mas no geral hoje em dia (já fui muito diferente) eu penso mais nos outros do que em mim. Primeiro é o que meus pais querem, o que meus amigos pensam, o que meu namorado quer e depois EU. Quando acordo fico como na semana passada, “sem amor”.
Hoje o amor voltou, na verdade acho que foi na segunda-feira que isso aconteceu, o porquê disso trato num outro momento. E hoje, apesar do amor ter voltado, continuo pensando muito nas coisas que eu quero e nas coisas que esperam de mim. Esse clima de encerramento que cerca esse ano devido ao fim da faculdade parece que está a dividir minha vida de “criança” da minha vida adulta. Isso não significa que não tenho responsabilidades, o que quero dizer é que preciso começar a “fazer” minha vida. Não posso ficar na barra da saia da minha mãe pra sempre.  Preciso criar coragem e assumir o que eu quero e ir atrás disso de uma vez por todas.

Quero viajar, quero comprar um carro, uma casa, ganhar dinheiro. Quero fazer um curso de inglês, francês e espanhol. Quero fazer aulas de canto, bateria, academia, dança e culinária. Quero fazer uma segunda graduação também, mas isso depois de concluir alguns dos desejos anteriores.

De imediato, a ideia que não se afasta da minha cabeça é a chance de ir pro Japão. Namorar o Ricardo tem aguçado cada vez mais a vontade de conhecer o país, e a vontade de ficar um tempo viajando e conhecendo o mundo. O único empecilho é o fato que devemos estar pelo menos um ano casados para que me concedam o visto de trabalho. Esse negócio de casamento no papel tira meu sono! Vai que não dá certo?? Serei uma “divorciada” e isso não me parece legal. Não quero escrever nos formulários no estado civil que sou divorciada. Dai vem o problema do meus pais e o que eles querem, acho que eles vão enlouquecer com o fato de eu apressar as coisas apenas para conseguir um visto.

“Ah, mas se você tivesse certeza que ele é o homem certo você não teria esse medo”. PARA TUDO!!!  Não consigo nem decidir se vou comer sushi ou churrasco no almoço sem medo de me arrepender, até parece que não vou ter medo de tomar uma decisão dessas: casamento. E o fato de não conseguir escolher entre sushi ou churrasco não significa que gosto de um mais que o outro, apenas significa que admiro tanto as qualidades dos dois que não consigo escolher um a outro. É uma analogia estranha, mas funciona pra mim, é bom estar solteira e ter a liberdade de não estar casada, e seria ótimo estar casada com uma pessoa maravilhosa como meu namorado, apenas não consigo ter certeza que amanhã vou querer a mesma coisa que quero hoje. Minha maior dificuldade é tomar decisões, tão complicado quanto me concentrar.

Apesar de ser uma romântica incurável, quando o assunto é casamento minha vontade é de pular essa etapa. Ou fechar os olhos como quando estamos assistindo um filme de terror, hehe. Pois é, quem diria Heloisa com medo de casamento. E como tenho medo. Gosto da liberdade que tenho de ir e vir e poder terminar e iniciar as coisas como e quando quero (quando a indecisão não me impede). O fato de estar casada; eu serei como um pássaro com asas cortadas, ou um leão dentro de uma jaula. Gosto de poder dormir na minha própria cama e ter meus momentos de solidão, coisa que com um marido não terei o prazer de fazer.

Dar explicações me aborrece, e serviços domésticos eu pago pra não fazer. Jamais me tornarei uma “senhora dona de casa” e de forma alguma quero que exijam isso de mim, certamente decepcionarei muitas pessoas se esperam que eu assuma um lar e seja uma mulher exemplar. Não sei ser assim e não faço questão de aprender, não nasci pra aturar gente folgada. Os maridos que conheço fazem de suas esposas senhoras do lar. Elas lavam e passam as suas roupas, fazem sua comida, limpam a casa e se sentem extremamente gratas quando por ventura eles secam uma louça ou se dão ao trabalho para tirar a mesa.

A vida que imagino é diferente, quero dias sem rotina, quero passeios, um parceiro que me ajude e não um encosto. De encosto já basta eu mesma, de resto quero leveza!! 

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